Preço do aluguel interrompe sequência de altas e fica estável em março
15/04/2021 - Aluguel

O Índice FipeZap, que monitora o valor de locação em 25 cidades, permanece abaixo da inflação medida pelo IPCA e IGP-M no mesmo intervalo
- Por Yasmim Tavares
O preço médio do aluguel fechou o mês de março próximo da estabilidade, com variação de 0,02%, após registrar alta de 0,24% em fevereiro, segundo o Índice FipeZap de Locação Residencial, que acompanha o valor do aluguel de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras. O resultado interrompeu a série de três meses seguidos de alta no preço do aluguel, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021.
Mesmo com o desempenho mais sutil no mês passado, a variação do aluguel permaneceu abaixo da inflação registrada pelo IPCA, de 0,93%, e pelo IGP-M, de 2,94% no mesmo período. Isso significa que o resultado do Índice FipeZap indica uma queda real (descontando a inflação) do preço médio de locação residencial.
As principais capitais brasileiras que registraram avanço e influenciaram o comportamento do índice em março foram Curitiba (1,23%), Florianópolis (0,88%), Brasília (0,58%), Recife (0,55%), Salvador (0,39%) e Rio de Janeiro (0,18%).
Na outra ponta, entre as regiões que apresentaram recuo no valor do aluguel estão Goiânia (-1,43%), Porto Alegre (-0,66%) e São Paulo (-0,39%), com destaque para esta última, que tem um peso maior no índice.
Ainda que o Índice FipeZap tenha apontado resultado estável no mês passado, o indicador acumula uma alta de 0,47% no ano. No entanto, a variação permanece inferior à inflação medida tanto pelo IPCA, de 2,05%, quanto pelo IGP-M, de 8,26%, no mesmo recorte temporal.
Nos últimos 12 meses, o índice apresenta uma alta acumulada de 1,05%, resultado que, apesar de positivo, mantém a variação do aluguel abaixo da inflação calculada pelo IPCA e pelo IGP-M, de 6,10% e 31,10%, respectivamente, no mesmo intervalo.
O valor médio do aluguel encerrou o mês de março em R$ 30,64 o metro quadrado. Entre as 11 capitais monitoradas pelo índice, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio mais caro (R$ 39,71/m²), seguida por Brasília (R$ 32,59/m²), Recife (R$ 32,49/m²) e Rio de Janeiro (R$ 31,36/m²).
Por outro lado, Fortaleza (R$ 17,23/m²), Goiânia (R$ 18,40/m²), Curitiba (R$ 21,53/m²) e Belo Horizonte (R$ 23,89/m²) tiveram o menor preço de locação.
Ainda, em março, o retorno médio do aluguel residencial anualizado permaneceu estável na comparação com o resultado de fevereiro, de 4,68%. Com o resultado, o indicador se manteve em patamar superior à rentabilidade média projetada de aplicações financeiras de referência.
__________
Imagem: Getty Images
Fonte: Valor Investe
Outras Notícias

Meio milhão de casas entregues e recuperação a caminho: por que a MRV está otimista com 2024
Rafael Menin, CEO da MRV, destaca que operacional da empresa já melhorou e vê virada financeira no horizonte Por Beatriz Quesada* A...
PIB da América Latina e Caribe deve crescer 1,4% este ano
Previsão é de relatório do Banco Mundial Por Andreia Verdélio O Banco Mundial estima que a economia da Amér...
Mercado aumenta projeção para crescimento da economia em 2023
Expectativa para o PIB subiu de 0,9% para 0,96% Por Andreia Verdélio* A previsão do mercado financeiro para o crescimento da eco...
Cartórios arrecadam R$ 25,9 bi e superam verba de ministérios
Arrecadação de 2022 só não é maior do que o Orçamento de 6 ministérios; em 10 anos, soma R$ 208 bilh&...
8 dicas pra não correr o risco de perder um imóvel financiado
O financiamento de imóveis é uma das principais formas de aquisição da casa própria no Brasil. Porém, menos ...
Mercado imobiliário projeta crescimento ainda maior para o ano de 2023
O mercado imobiliário brasileiro tem sido destaque na economia do país nos últimos anos, principalmente durante e após...
Incorporadora avança em obras de empreendimento no Horto Florestal
Neste sábado, 17 de setembro, a Prima Empreendimentos realiza a Festa da Cumeeira do empreendimento Horto Parque Barcelona.O evento é a ...
O que esperar do mercado imobiliário residencial em 2022
Com o cenário econômico como freio, e não propulsor, os agentes do mercado serão forçados a buscar oportunidades n&a...
Alta do IGP-M pressiona o mercado imobiliário
Historicamente, o IGP-M tem sido o índice dos contratos de locação. A imensa maioria dos contratos de locação em vi...